quarta-feira, 17 de outubro de 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Baile Sincronizado En Bicicleta



e você achava sabia andar de uma roda....

Contribuição: Francisco Martins

Foto do dia - A queda




"pô, todo mundo cai e machuca, eu tô achando 
que não vou cair nunca..."(Dalton Sanchez)

bike e fotografia

Downtown from Behind (DFB) é uma série fotográfica que captura momentos de designers, arquitetos, diretores de criação, restauranteurs, empresários, hoteleiros, artistas e acadêmicos em suas bicicletas em Nova York. Faz dois anos que a fotógrafa Bridget Fleming teve a ideia de clicar essas pessoas
indo embora de bike – desde então não parou mais. Já foram cerca de 200 ruas e avenidas fotografadas como cenário cultural, social e estético, mostrando essas pessoas como parte de um estilo da cidade. Cada foto vem acompanhada do endereço onde a imagem foi tirada e um texto que conta um pouco sobre a pessoa fotografada.

http://followthecolours.com.br











speed trial


Saca só o que esse cara faz com uma bike de estrada..........

sábado, 13 de outubro de 2012

Beleza escondida

Após o pedal cheio de "perrengue" que eu e Mr. Rômulo passamos no dia anterior , nada mais justo que uma voltinha sussegada e sem "abacaxi pra descascar"..

Resolvemos subir para o lado de Passagem de Mariana. Subindo sentido da Serrinha (outro lugar que deveria ser olhado com mais "carinho" pela nossa atuante e eficiente prefeitura de Mariana...), logo após o campinho de futebol..."quebra-se" à esquerda...não é difícil de achar..basta procurar alguns lixos como monitores de computador (só essa referência ja bastava...)..restos de construção civil....lixo de vidraçaria...nem vou falar o resto...entrando por esse "portal do descarte" logo se chega em uma trilha...finíssima! 

Com exatos 8 minutos de pedal, chegamos num dos resquícios mais legais, na minha opinião, deixado pelo ingleses. Essa capelinha com uma cruz sensacional bem ali no alto de Passagem. Passa totalmente despercebido por estar no alto do morro, lá de baixo se vê apenas o alto dessa cruz..que dá a impressão de ser bem menor inclusive...

  Esse conjunto de ruínas entre Passagem de Mariana e o Gogo, em Mariana, é extremamente rico. La encontramos ruínas datadas do século XVIII, como casas, pontes, cemitério, capelas, fábricas...etc.. praticamente intactas...infelizmente, tudo isso é esquecido e corre o risco de acabar...

pra quem quiser conhecer mais..

as lendas..







Após dar uma volta das ruínas, tirar foto das magrelas...resolvemos "visitar" uma outra  cruz que fica do outro lado do morro. Subindo em sentido a ETA (estação de tratamento de água)... ao chegar na portaria é só virar à direita ("direita pra trás"...quase um 180º) e pegar uma estrada até um mirante...bem que poderia ser um mirante mais convidativo...quase não achei a cruz no meio desse lixo ai...






Do alto do mirante dá para visualizar melhor o "parque" dos ingleses (bem que poderia ter um parque aberto para visitação nessa região viu...turismo ia crescer dimais...mas..), cortado pelo trilho da Maria Fumaça...






sexta-feira, 12 de outubro de 2012

6a feira 12..quase 13...

Após uma maratona de 3 semanas trabalhando direto de segunda a sábado aparece um feriado “caindo” em plena sexta feira, 12 de outubro... vc pensa, que beleeeza! Ocasião ideal pra pegar a “minerva” e rodar todos os dias... operação “tirando o atraso”...nesse sentido ligo pro brother jr. que já havia tentado agitar algum pedal através de email e que até o presente momento não havia obtido sucesso algum (baixas normais no time em função do feriado). Após rápida conversa combinamos de dar um giro de leve na sexta e o trajeto definido foi Mariana x Ribeirão do Carmo x Monsenhor Horta (praticamente plano, sem grandes esforços e onde é possível contemplar excelentes paisagens), a intenção era de não gerar nenhum tipo de fadiga ou estresse, pois estávamos na pilha de jogar as magrelas no carro e subir para lavras novas no sábado pela manhã, de lá íamos fazer um percurso até a chapada e retornaríamos pra lavras, onde fatalmente e, como recompensa, tomaríamos umas cervas e almoçaríamos um bom prato de comida mineira antes de retornar... tipo, pra quem não tinha nada em mente, num instante já havíamos combinado os roles de sexta e sábado...vai vendo! Partimos sentido Ribeirão pela linha, famoso passeio no parque que alguns ciclistas da região nem gostam de fazer, mas que eu particularmente não vejo problema algum... O role tava dahora, calor nem tão exagerado, correntes de ar bem fortes, muita gente pedalando no trajeto... energia tava bacana, chegamos em ribeirão praticamente sem perceber e, seguimos em frete. Dali em diante, como eu não conhecia o trajeto deixei a guia por conta do Jr. que infelizmente parecia não se lembrar muito bem também, dizae, rsrsrs... na dúvida, pedimos informações para confirmar o trajeto e após as coordenadas dos nativos do local, acertamos a trilha e pouco depois me deparei com a famosa ponte de ferro, felizmente Jr não fez registros da minha travessia a passos menores que os de uma tartaruga, mas ainda assim, no quesito “atravessando a ponte” tô tranqüilo, pois não precisei de atravessar de mãozinha dada com ninguém, se é que me entendem né Dalton e Carlão, rsrsrs...terminada a sofrida travessia da ponte, seguimos mais um tempo e após encontrarmos uma sombra providencial fizemos uma parada pra tomar água e fazer uma leitura da fabulosa  paisagem local...

terminada a pausa, em frente seguimos por um terreno repleto de pedregulhos (aqueles constituintes de linha férrea e utilizados como assoalho dos trilhos de trem), 



pouco tempo mais, eu seguindo a frente do jr. deparo  com uma região de mata pouco mais fechada, na qual os pedregulhos de linha férrea foram substituídos por um terreno bem compactado e com vegetação rasteira...

                                               


pouco mais a frente eis que surgem alguns galhos, de arvores maiores, quebrados e atravessando a extensão da trilha, ainda pensei e tive a cautela de desviar de quase todos, mas infelizmente, devido a ausência de destreza e técnica para o tipo de ocasião, a roda traseira pegou naquele que seria o último galho do “grande” obstáculo e a gancheira do quadro foi literalmente pro espaço...



situação crítica, ter a gancheira quebrada num local bobo como esse, mas levamos na boa, pois ambos sabíamos que nessas horas se estressar é bem pior...



daí tive a brilhante ideia de tirar o cambio e cortar a corrente, na intenção e expectativa de que pudesse ainda voltar pedalando...


nesse momento me lembrei do brother Francisco, pois essa parecia ser a primeira conversão de uma mtb em fixed gear, entre os brothers embarrocados (nem tão fixed assim né parcero)...kkkkkk!


em tese tinha funcionado (tanto que o registro mostra a felicidade do cidadão ao pensar que conseguiria voltar pedalando, rsrsrs)...santa ingenuidade da minha parte, andei alguns metros e a corrente soltou, persisti ainda na intenção de que podíamos cortar mais a corrente, pra que ela ficasse bem esticada e não voltasse a se soltar... o fizemos, mas na hora de girar percebemos que o fato da gancheira ter quebrado estava impossibilitando o aperto efetivo da roda traseira, e ao pedalar a mesma estava saindo do quadro...


depois das tentativas frustradas a gente cai na real né... o lance era voltar empurrando meeesmo...  


e nessas horas, "paciência é uma virtude" e o resto a natureza por si só compensa...rsrs!


e haaaja chão pra bater canela viu...


mas o clima era de feriado e o bom humor tem que reinar nessas horas, decidimos retornar a Ribeirão pra tomar uma cerveja, é isso mesmo, não se assustem, a intenção era tomar uma cerveja pra depois ver o fim que daríamos a essa história...


aproximava-se do meio dia e já conseguíamos ouvir os fogos de artício que marcam a celebração do dia 12 de outubro em todo o Brasil...


retornando ainda mais avistamos alguns cavalos agitados e insatisfeitos com a barulheira, estávamos chegando em Ribeirão...



fazendo jus ao nome do local (Bandeirantes), alguns cavaleiros carregando bandeiras do Brasil que acreditamos fazerem parte das festividades do dia 12 de outubro...




uns 500 metros dali, passamos por um caminhão muito velho e bastante avariado, com grande parte da carroceria coberta de frutas podres e que estavam exalando um cheiro não muito agradável...rsrs, segundos após um camarada se aproxima do caminhão, confesso que nesse momento pensei, esse cara bem que podia estar indo pra Mariana, mas devido a precariedade do veículo, veio a corrente mais racional de pensamento dizendo: “- impossível, vc está viajando, nessas condições esse caminhão mal deve servir para carregar algumas coisas dentro do vilarejo mesmo”...




segue a “bateção” de canela e em menos de 5 minutos o caminhão para ao meu lado e o motorista pergunta sobre a bicicleta, já oferecendo carona até o bairro jardim dos inconfidentes, pois ele iria voltar pela linha...felizmente, o lado racional nem sempre ganha, rsrsrs...pois não pensei duas vezes...joguei a minerva na carroceria e parti rumo a Mariana de carona no caminhão do Zezé...

a carona surgiu a apenas alguns metros da abandonada estação de trem de Ribeirão do Carmo, acho uma pena, o cenário dessa estação...mas enfim...


poucos minutos depois o motorista para o caminhão desesperado a procura de seus documentos... mas em função de não encontrá-los na boléia, decide seguir viagem alegando que provavelmente ele não os havia trago... Lá se vamos novamente e de repente o caminhão para no meio da rua, no meio mesmo, ele desce correndo desesperado e dizendo: “- hj é o dia de nossa senhora mesmo, pois só ela pra fazer algo desse tipo comigo”... acreditem, ele havia avistado sua carteira de documentos ali caída em um local nem tão inóspito assim como muitos hão de pensar, e o que é mais surpreendente é que além dos documentos o dinheiro do mês (palavras dele) estava todo preservado (acreditem, não era pouca grana não, rsrsrs)...



Ao chegarmos em mariana agradeci milhões de vezes ao Zezé pela carona, o convidei para tomar uma cerva, mas o mesmo tinha de seguir seu caminho e nós nos dirigimos rumo ao buteco mais próximo, na saga por uma cerva bem gelada pra lavar a alma e tirar a de vez a zica...será??? Já ao encostar as bikes, percebemos a presença de um personagem caricato que aparentava estar em alto grau de embriaguez e que ao nos ver começou a contar suas histórias do tempo em que ele era ciclista...dai depois de umas 3 geladas (isso mesmo, ainda agüentamos 3 geladas na conversa com o tio) Jr tem a brilhante idéia de irmos pra outro lugar, na intenção de nos “livrarmos” do dito-cujo, kkkkk (nos livrarmos no bom sentido, pois em momento algum o tratamos mal).




Saindo de lá Jr verifica que a roda traseira da Norco estava esvaziando, pensei comigo, mais zica, pois quando se trata de uma roda tubeless, isso não é boa coisa! Seguimos em direção ao posto da colina e no meio do caminho encontramos com outro ciclista dessa vez de bike Trial que reportou estar com os pneus vazios, pediu as nossas bombas de ar emprestadas, mas as mesmas não o ajudaram, e ele se agregou a nós e seguiu em direção ao posto... nem dois minutos dali, surge em nossa direção um outro ciclista em situação parecida com a minha, cabisbaixo empurrando a bike e com certo ar de desolação...sem parar, explanei ao mesmo a seguinte frase: “- pelo visto a bruxa tá solta hj neah amigo”...e ele respondeu timidamente e em baixo tom: “- Nem me fale, roda furou duas vezes e agora acabou de estourar!” Chegando no posto, Jr na tentativa de encher o pneu, verifica que o problema estava na válvula e na segunda tentativa a válvula (ou parte dela) simplesmente voa pelos ares...o jeito era sentar com calma num outro bar perto dali, tirar o pneu, colocar a câmara de ar e encher...tarefa complexa, quando se tem a roda cheia de liquido selante...


contratamos mais umas duas cervas pra executar o serviço na calma e com tranqüilidade...



nesse intervalo a fome ia crescendo, a grana se acabando e meus pensamentos vagavam no fato de que eu ainda tinha que empurrar a minerva até em casa...



confesso que já estava rolando uma estafa do processo até porque o tempo estava fechando e parecia que São Pedro ia mandar água, mas eis que surge o brother Gugu, de carro e na disposição total de me tirar daquela “enrascada”...


desmontamos a minerva, jogamos as rodas no porta malas e o corpo no centro do carro, me despedi do brother Jr (que a essa altura já havia conseguido instalar a câmara de ar e encher o pneu da Norco) e segui pra casa...foi a conta de entrar e despencar uma chuva torrencial, kkkk! Daí fica o post, 6ª feira 12 quase 13... por tudo, foi quaaase 13 mesmo. Até a próxima!