Após uma maratona de 3 semanas trabalhando direto de
segunda a sábado aparece um feriado “caindo” em plena sexta feira, 12 de outubro...
vc pensa, que beleeeza! Ocasião ideal pra pegar a “minerva” e rodar todos os dias... operação “tirando o atraso”...nesse
sentido ligo pro brother jr. que já havia tentado agitar algum pedal através de
email e que até o presente momento não havia obtido sucesso algum (baixas
normais no time em função do feriado). Após rápida conversa combinamos de dar
um giro de leve na sexta e o trajeto definido foi Mariana x Ribeirão do Carmo x Monsenhor Horta (praticamente plano,
sem grandes esforços e onde é possível contemplar excelentes paisagens), a
intenção era de não gerar nenhum tipo de fadiga ou estresse, pois estávamos na
pilha de jogar as magrelas no carro e subir para lavras novas no sábado pela
manhã, de lá íamos fazer um percurso até a chapada e retornaríamos pra lavras,
onde fatalmente e, como recompensa, tomaríamos umas cervas e almoçaríamos um
bom prato de comida mineira antes de retornar... tipo, pra quem não tinha nada
em mente, num instante já havíamos combinado os roles de sexta e sábado...vai
vendo! Partimos sentido Ribeirão pela linha, famoso passeio no parque que
alguns ciclistas da região nem gostam de fazer, mas que eu particularmente não
vejo problema algum... O role tava dahora,
calor nem tão exagerado, correntes de ar bem fortes, muita gente pedalando no trajeto...
energia tava bacana, chegamos em ribeirão praticamente sem perceber e, seguimos
em frete. Dali em diante, como eu não conhecia o trajeto deixei a guia por
conta do Jr. que infelizmente parecia não se lembrar muito bem também, dizae, rsrsrs...
na dúvida, pedimos informações para confirmar o trajeto e após as coordenadas
dos nativos do local, acertamos a trilha e pouco depois me deparei com a famosa
ponte de ferro, felizmente Jr não fez registros da minha travessia a passos menores
que os de uma tartaruga, mas ainda assim, no quesito “atravessando a ponte” tô tranqüilo,
pois não precisei de atravessar de mãozinha dada com ninguém, se é que me
entendem né Dalton e Carlão, rsrsrs...terminada a sofrida travessia da ponte, seguimos mais
um tempo e após encontrarmos uma sombra providencial fizemos uma parada pra
tomar água e fazer uma leitura da fabulosa
paisagem local...
terminada a pausa, em frente seguimos por um terreno
repleto de pedregulhos (aqueles constituintes de linha férrea e utilizados como
assoalho dos trilhos de trem),
pouco tempo mais, eu seguindo a frente do jr. deparo com uma região de mata pouco mais fechada, na qual os pedregulhos de linha férrea foram substituídos por um terreno bem compactado e com vegetação rasteira...
pouco mais a frente eis que surgem alguns galhos, de
arvores maiores, quebrados e atravessando a extensão da trilha, ainda pensei e
tive a cautela de desviar de quase todos, mas infelizmente, devido a ausência
de destreza e técnica para o tipo de ocasião, a roda traseira pegou naquele que
seria o último galho do “grande” obstáculo e a gancheira do quadro foi literalmente
pro espaço...
situação crítica, ter a gancheira quebrada num local bobo como esse, mas levamos na boa, pois ambos sabíamos que nessas horas se estressar é bem pior...
daí tive a brilhante ideia de tirar o cambio e cortar
a corrente, na intenção e expectativa de que pudesse ainda voltar
pedalando...
nesse momento me lembrei do brother Francisco, pois essa parecia ser a primeira conversão de uma mtb em fixed gear, entre os brothers embarrocados (nem tão fixed assim né parcero)...kkkkkk!
em tese tinha funcionado (tanto que o registro mostra a
felicidade do cidadão ao pensar que conseguiria voltar pedalando,
rsrsrs)...santa ingenuidade da minha parte, andei alguns metros e a corrente
soltou, persisti ainda na intenção de que podíamos cortar mais a corrente, pra
que ela ficasse bem esticada e não voltasse a se soltar... o fizemos, mas na
hora de girar percebemos que o fato da gancheira ter quebrado estava impossibilitando
o aperto efetivo da roda traseira, e ao pedalar a mesma estava saindo do
quadro...
depois das tentativas frustradas a gente cai na real né... o lance era voltar empurrando meeesmo...
e nessas horas, "paciência é uma virtude" e o resto a natureza por si só compensa...rsrs!
e haaaja chão pra bater canela viu...
mas o clima era de feriado e o bom humor tem que reinar
nessas horas, decidimos retornar a Ribeirão pra tomar uma cerveja, é isso
mesmo, não se assustem, a intenção era tomar uma cerveja pra depois ver o fim
que daríamos a essa história...
aproximava-se do meio dia e já conseguíamos ouvir os
fogos de artício que marcam a celebração do dia 12 de outubro em todo o Brasil...
retornando ainda mais avistamos alguns cavalos agitados
e insatisfeitos com a barulheira, estávamos chegando em Ribeirão...
fazendo jus ao nome do local
(Bandeirantes), alguns cavaleiros carregando bandeiras do Brasil que
acreditamos fazerem parte das festividades do dia 12 de outubro...
uns 500 metros dali, passamos por
um caminhão muito velho e bastante avariado, com grande parte da carroceria
coberta de frutas podres e que estavam exalando um cheiro não muito agradável...rsrs,
segundos após um camarada se aproxima do caminhão, confesso que nesse momento
pensei, esse cara bem que podia estar indo pra Mariana, mas devido a
precariedade do veículo, veio a corrente mais racional de pensamento dizendo: “-
impossível, vc está viajando, nessas condições esse caminhão mal deve servir
para carregar algumas coisas dentro do vilarejo mesmo”...
segue a “bateção” de canela e em menos de 5 minutos o caminhão para ao meu lado e o motorista pergunta sobre a bicicleta, já oferecendo carona até o bairro jardim dos inconfidentes, pois ele iria voltar pela linha...felizmente, o lado racional nem sempre ganha, rsrsrs...pois não pensei duas vezes...joguei a minerva na carroceria e parti rumo a Mariana de carona no caminhão do Zezé...
a carona surgiu a apenas alguns metros da abandonada estação de trem de Ribeirão do Carmo, acho uma pena, o cenário dessa estação...mas enfim...
poucos minutos depois o motorista
para o caminhão desesperado a procura de seus documentos... mas em função de
não encontrá-los na boléia, decide seguir viagem alegando que provavelmente ele
não os havia trago... Lá se vamos novamente e de repente o caminhão para no
meio da rua, no meio mesmo, ele desce correndo desesperado e dizendo: “- hj é o
dia de nossa senhora mesmo, pois só ela pra fazer algo desse tipo comigo”... acreditem,
ele havia avistado sua carteira de documentos ali caída em um local nem tão inóspito
assim como muitos hão de pensar, e o que é mais surpreendente é que além dos
documentos o dinheiro do mês (palavras dele) estava todo preservado (acreditem,
não era pouca grana não, rsrsrs)...
Ao chegarmos em mariana agradeci milhões de vezes ao Zezé
pela carona, o convidei para tomar uma cerva, mas o mesmo tinha de seguir seu
caminho e nós nos dirigimos rumo ao buteco mais próximo, na saga por uma cerva bem
gelada pra lavar a alma e tirar a de vez a zica...será??? Já ao encostar as
bikes, percebemos a presença de um personagem caricato que aparentava estar em
alto grau de embriaguez e que ao nos ver começou a contar suas histórias do
tempo em que ele era ciclista...dai depois de umas 3 geladas (isso mesmo, ainda
agüentamos 3 geladas na conversa com o tio) Jr tem a brilhante idéia de irmos
pra outro lugar, na intenção de nos “livrarmos” do dito-cujo, kkkkk (nos
livrarmos no bom sentido, pois em momento algum o tratamos mal).
Saindo de lá Jr verifica que a roda traseira da Norco
estava esvaziando, pensei comigo, mais zica, pois quando se trata de uma roda
tubeless, isso não é boa coisa! Seguimos em direção ao posto da colina e no
meio do caminho encontramos com outro ciclista dessa vez de bike Trial que
reportou estar com os pneus vazios, pediu as nossas bombas de ar emprestadas,
mas as mesmas não o ajudaram, e ele se agregou a nós e seguiu em direção ao posto...
nem dois minutos dali, surge em nossa direção um outro ciclista em situação
parecida com a minha, cabisbaixo empurrando a bike e com certo ar de
desolação...sem parar, explanei ao mesmo a seguinte frase: “- pelo visto a
bruxa tá solta hj neah amigo”...e ele respondeu timidamente e em baixo tom: “-
Nem me fale, roda furou duas vezes e agora acabou de estourar!” Chegando no
posto, Jr na tentativa de encher o pneu, verifica que o problema estava na
válvula e na segunda tentativa a válvula (ou parte dela) simplesmente voa pelos
ares...o jeito era sentar com calma num outro bar perto dali, tirar o pneu,
colocar a câmara de ar e encher...tarefa complexa, quando se tem a roda cheia
de liquido selante...
contratamos mais umas duas cervas pra executar o serviço
na calma e com tranqüilidade...
nesse intervalo a fome ia crescendo, a grana se acabando e meus pensamentos vagavam no fato de que eu ainda tinha que empurrar a minerva até em casa...
confesso que já estava rolando uma estafa do processo
até porque o tempo estava fechando e parecia que São Pedro ia mandar água, mas
eis que surge o brother Gugu, de carro e na disposição total de me tirar daquela
“enrascada”...
desmontamos a minerva, jogamos as
rodas no porta malas e o corpo no centro do carro, me despedi do brother Jr (que
a essa altura já havia conseguido instalar a câmara de ar e encher o pneu da Norco)
e segui pra casa...foi a conta de entrar e despencar uma chuva torrencial,
kkkk! Daí fica o post, 6ª feira 12
quase 13... por tudo, foi quaaase 13 mesmo. Até a próxima!
que faaaaase!
ResponderExcluircurioso é que jota tá sempre nos pedais fail, hehe.
Muito "massa"..... o cara do caminhão encontrando a carteira.... "jota tá sempre nos pedais fail" ???? Como assim... é pé frio mesmo??? Na hora deve ter sido foda mesmo... mas ri do começo ao fim do post... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAe! tá achando que não tem?
ResponderExcluirarruma uma dessas procê, Romedes!
http://www.youtube.com/watch?v=4EMWpCrzMbg
Precisamo fazer um role desses ae, heim.
abs