segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mariana/Monsenhor Horta/Bandeirantes (Ribeirão do Carmo)

Como ensejo desse itinerário de 55 km entre Mariana, Monsenhor Horta e Bandeirantes (Ribeirão do Carmo), eu (Dalton), Júnior e Guilherme em pose futebolesca. Um pretexto para expormos, na verdade, a exuberância da paisagem tortuosa que compõe o clima tropical de altitude da Região dos Inconfidentes. Olhem esse céu! 

Objeto que encontramos próximo ao local onde foi tirada a foto acima. Demarcação que anuncia um futuro sombrio (o preto-e-branco da foto é sugestivo, não, Junior?!) para a rica fauna e flora dessa vasta região... Para bons entendedores algumas poucas reticências bastam... 

Brilhante enquadramento feito pelo Guilherme! Logo atrás dessa montanha avistamos, lá longe!, a esfumaçada e imponente Serra do Caraça...

Eis a tão esperada parada na Ponte das Crioulas, já próxima a Monsenhor! Mesinha afixada, por almas inteligentes, debaixo de umas simpáticas arvorezinhas, as quais nos convidam para um retorno ao local, só que para passarmos horas e dias em um acampamento: luz de fogueira, som do riacho, baralho, boa prosa, comes, bebes e, óbvio, banhos gelados. E põe gelado nisso, hein, Guilherme!

Vista mais panorâmica do singelo e calmo riacho que agracia a dita ponte e toda a mata cerrada que o circunscreve... 

Esta instiga a imaginação: pedras (tais quais tanques) nas quais, há alguns séculos atrás, lavadeiras, talvez, entoavam seus cantos ao ritmo das batidas e esfregas das roupas...  

Parte mais rasa, onde o riacho nos dá adeus... Reparem na gradação do verde!

Eu esfriando o sangue quente do pedal! Salto ornamental inspirado no fabuloso dado anterirmente pelo Guilherme.

Gelada! Após muita resistência, feito gatos, encaramos a temperatura.

Bikes and trees in gray harmonically...

Raios de Sol entre raios...

Viagei mesmo! Essas pedras parecem dois sapos copulando...

Júnior perplexo diante da extração (ilegal?) de madeiras para carvoarias visíveis em parte desse trajeto. E não é que ele avistou em meio a tal rude paisagem uma saborosa trilha! E ainda arriscou uns pedais sobre ela! Rapaz audacioso!...


"Documento de cultura. Documento de barbárie..."

Um amigo eqüino em pose no café da manhã. Indiferente aos meus xingos e esperneios por causa da corrente  que me deixou na mão... 


Literalmente na mão!...


Colocada a corrente, prosseguimos rumo ao nosso destino principal. Logo após esse corredor de rochas, avistamos, enfim, a aconchegante Monsenhor Horta.

Eis a igreja do distrito em louvor a São Caetano. Ela registra em sua fachada (de pedra-sabão) data de finais do século XVIII.


Garoto Rian. Foi o nosso espirituoso guia turístico por alguns minutos antes de partirmos de volta.

Se bem me recordo das aulas de História da Arte, ministradas pelo ilustre Prof. José Arnaldo, essa é uma flor do maracujá esculpida em pedra-sabão, localizada acima da entrada principal da referida igreja. Representando, desde os motivos edênicos que presidiram a colonização dos portugueses em terras brasilis, a paixão de Cristo, a flor do maracujá foi tópica recorrente em grande parte das representações em gravuras, dentro e fora das construções do período colonial.

Parada obrigatória indicada pelo garoto Rian: no Restaurante e bar do Hulk (ainda em Monsenhor) repomos as energias com muito sódio de Coca, batatas fritas e pães recheados com mussarela ou mortadela. Pra quem passou horas de suplementos doces e muito carbo, o saboreio desses clássicos dos "secos-e-molhados" do interior pareceu um verdadeiro manjar dos deuses.

Olha aí o Guilherme! Sentado na escadinha do Bar do Hulk, degustando o típico pão francês com manteiga e mortadela... Banquetasso, não?!

Confesso que nesse momento tremi as bases, pois só se atravessava para o outro lado da trilha, a alguns poucos km antes de Ribeirão do Carmo, passando por sobre essa ponte, erguida aproximadamente 20 metros acima do ribeirão que empresta o nome ao distrito. Encontramos, bem perto dalí, um muito bem humorado ciclista (de 47 anos!), o qual nos relatou ter visto um motociclista atravessar essa ponte montado. Gelei as espinhas!

O cavalheiro Guilherme atravessa a sua magrela...

Com muito custo e corajoso auxílio dos amigos, atravessei a famigerada...

Plataforma do que foi a antiga estação ferroviária de Ribeirão de Carmo...

Vista interna. Emblema de certo descaso para com questões de conservação patrimonial.

...

Alguma prosa e descanso sob amarelo... que poderia ser menos moribundo ...

Júnior registra a chegada em Ribeirão: últimas gotas de água... E pela disposição das sombras, logo a frente, poderão perceber que, além daquela fome voraz, já batia umas 15hs no relógio, aproximadamente.

Capela de Santa Teresa de Ávila e trilha sobre a qual passava o antigo trilho do trem que ligava o distrito de Ribeirão do Carmo ao nosso ponto de chegada, a cidade de Mariana.

Panorâmica registrando a bonita paisagem, próxima já a Mariana, onde passava o trem.

Aos esportivamente incorretos um brinde!!

Chegando em Mariana, acordamos que apenas alguns "sucos de sevadis" após a sagrada prática não acarretariam graves problemas... And that's all, folks!

3 comentários:

  1. Pra que aulas de história da arte quando vc tem o simpático Garoto Rian :)

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Ah, e as fotos da estação ferroviária de Ribeirão de Carmo estão tão boas que até o descaso para com ela ficou bonito...

    ResponderExcluir