quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cassandra, minha fixa

Sei que estou devendo esse post há um tempo. Desde quando JayJayJunior me convidou p/ contribuir com o blog, uma das primeiras exigências era postar fotos da magrela p/ criarmos uma galeria dos Talibikers contribuintes.

Vivendo aqui na floresta cinza, essa São Paula-loka-mêo, acabei optando por um modelo de bike bem diferente das usualmente postadas aqui no embarrocando, na verdade, a configuração da bike foi ditada pela necessidade de performance no asfalto. Eu precisava de uma bike ágil, leve e que eu pudesse colocar pra rodar todo dia, ou seja, além de válvula de escape ela também seria meu meio de transporte.

Eis que me apresentaram o maravilhoso mundo das fixas, fixed-gears ou simplesmente fixies como são conhecidas pelos gringos. São chamadas assim porque possuem um pinhão fixo no cubo traseiro, isso quer dizer que os movimentos de pedal e roda são totalmente conectados e o desempenho e velocidade da bike estão muito mais ligados aos seus quadríceps e panturrilhas do que qualquer outro estilo de bicicleta. Pelo fato de não possuirem roda livre, os pedais estão sempre em movimento e também são usados como próprio sistema de freios, eliminando assim a necessidade de ferraduras e manetes. Como sou novato e ainda estou me acostumando com esse novo jeito de pedalar, ainda mantenho ambos os freios traseiro e dianteiro (o que faz com que minha bike tenha 3 freios!), mas para os fixeiros bad-ass-mother-fuckers, sou como aqueles moleques que chegavam prum rolêzinho de skate com joelheiras, cotoveleiras, capacete e protetor genital! Ainda gosto de pensar que bike-sem-freio p/ quem anda no trânsito é coisa pra quem não tem amor a vida, nego que poderia facilmente ser piloto suicida de avião japonês. Mas vamo acompanhar p/ ver até quando dura esse pensamento... ¬¬

Marchas? nem pensar. Trantando-se de fixa, menos é mais. A origem das fixas vêm diretamente das bicicletas de velódromo (track bikes), que impulsionadas pela pedalada 2x mais eficiente e a ausência de obstáculos, as bikes podem atingir altíssima velocidade. Dae também a ausência dos freios, afinal de contas, na pista não nos deparamos com buracos, grelhas assassinas, pedestres desatentos e carrocratas dispostos a acabarem com sua raça! Justamente por serem ágeis, leves e demandarem pouca (ou quase nenhuma) manutenção, as fixas também se popularizaram bastante entre os bike messengers nos grandes centros urbanos como NY, São Francisco e Londres e de alguns anos p/ cá, vêm compondo também o cenário de arquétipos nas metrópoles brasileiras como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.

Como uma luva pras minhas necessidades, não acham? E depois de todo esse blablablá sobre as fixas, apresento Cassandra, a minha companheira!





Especificações:
• Quadro e garfo: Vintage (1980) Caloi 10 preto
• Cubos: dianteiro_ SHIMANO HB RM40 // traseiro_ SHUNFENG flipflop Pista
• Rodas: Vzan Spin 700C com raios pretos e Pneus Huchinson 700x23C
• Pedivela: Sugino 165mm 46dentes Aço
• Pedais: plataforma preto com firma-pé Velodeath
• Movimento central Chin Haur CH-52 111mm rosca inglesa
• Mesa: Kalloy Aluminium 22mm
• Guidão: Road Champion Aluminium pista com fita de couro Fizik marrom
• Selim: Brooks B-17 Marrom

Para os curiosos, aqui vão alguns links com mais conteúdo sobre as fixas:

http://fixedbr.wordpress.com/
http://fixasampa.wordpress.com/
http://fixedgearbikes.blogspot.com.br/
http://www.ciclourbano.com.br/
http://velodeath.com/
http://www.tagandjuice.com.br/blog/

Abraços!
F.


Um comentário:

  1. Nó, que fino!!!
    Francisco, se cuida nesse trânsito caótico aí brother!
    Quero rodar nessa belezoca um dia.
    Xuxu beleza.
    Abs.

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